Desde 1866 ocorria nos mares do mundo um fenômeno inexplicável: barcos afundavam inesperadamente logo após avistarem um cetáceo gigante. O possível cetáceo era enorme, maior do que navios como Helvécia e o Shannon, ambos com comprimento de 100 metros e considerados os maiores na época.
Devido a esta enorme confusão o governo dos Estados Unidos se juntou a um de seus melhores comandantes da época, Capitão Farragut, com o objetivo de colocar no mar uma fragata altamente veloz chamada "Abraão Lincoln", com o intuito de caçar o tão feroz monstro. Porém, como o animal não era visto há muito tempo, foi necessário suspender a expedição. Meses depois, a notícia de que o animal havia sido avistado no Oceano Pacifico alegrou a todos e proporcionou a tão esperada caçada.
Algumas horas antes da fragata sair do cais uma carta chegou ao Professor Aronnax, que já estava abordo, notificando-o sobre um conceituado naturalista chamado Ned Land que havia sido convidado pelo próprio comandante Farragut para ir na tão aclamada caçada.
Após semanas viajando em alto mar nenhum animal foi avistado, ainda que houvesse um prêmio para quem o avistasse primeiro. Quando a esperança já estava no fim, Ned Land, um dos melhores arpoadores de baleias, o avistou. A fragata então entrou em uma disputa de velocidade contra o animal, que durou a madrugada inteira.
Ned já estava com seu arpão e na mais remota possibilidade de acertar o animal, o lançou ao mar. Foi a pior decisão que poderia ter tomado, pois o cetáceo gigante jorrou água para todos os lados e derrubou três homens ao mar. Ned Land, Conselho e Aronnax.
Juntos eles se salvaram segurando no tão tenebroso animal. Curiosamente descobriram que este animal era de ferro e que, portanto, não poderia ser um animal. Ficaram sobre ele até um desconhecido abrir uma pequena porta que se encontrava na cartilagem de ferro, e assim foram “convidados” a entrar no agora conhecido submarino.
Ambos foram presos em uma sala escura e no dia seguinte foram apresentados ao capitão Nemo, que pilotava aquele submersível. Nemo era um homem muito culto, mas que deixou a anos sua liberdade na terra para viver nos oceanos. O capitão possuía muito dinheiro e foi dessa forma que conseguiu construir as escondidas aquele submarino.
Aronnax se tornou amigo do capitão, mesmo contrariando seu colega Ned Land que queira fugir de qualquer maneira. Nemo chegou a notificá-los de que agora eram prisioneiros do Náutilo e deveriam permanecer lá pelo resto de suas vidas, pois apesar de terem toda liberdade para andar pelo submarino, ele não poderia correr o risco de ser descoberto.
Com seu criado Conselho e seu amigo Ned Land, Aronnax viveu aventuras inesquecíveis como: caçar em uma floresta submarina com armas de pressão, comer de animais nunca antes provados na superfície da Terra, ver pérolas do tamanho de uma bola de boliche (cultivadas pelo capitão Nemo nas profundezas do oceano), ter conhecimento de uma passagem submarina secreta que permitia uma viagem submarina muito mais veloz, lutas com povos gigantes, entre outras aventuras.
Os prisioneiros ainda não sabiam qual era o objetivo de tudo aquilo, porém imaginavam que seria chegar ao polo norte, local nunca antes visitado, até mesmo pelo capitão Nemo. A previsão deles se prova correta, mas ao chegarem na calota polar o submarino acaba preso entre 4 paredes de gelo, enquanto o reservatório de ar do Náutilo possuía apenas mais 48 horas de duração. O capitão tentou manobrar o submarino para todas as direções, contudo ele continuava encalhado. Surgiu então a ideia de colocar os escafandros - espécie de roupa subaquática criado pelo capitão Nemo - na tripulação para que pudessem mergulhar e quebrar a camada de gelo.
A tripulação se esforça muito para quebrar a camada de gelo e é quando os reservatórios de ar já estavam no final que conseguiram libertar aquela imensa camada.
Após o episódio, Ned Land convence Aronnax a fugir, mas eles precisão esperar o momento certo, pois já haviam falhado em outra tentativa de fuga. Conselho pensava que Nemo estava louco e tentando levar eles todos para o Polo Sul. O mar estava furioso, porém um dia antes da tentativa de fuga o capitão Nemo para e mostra para Aronnax um navio, e conta a ele que aquele navio o fez perder tudo na vida. Logo após isso, Nemo volta ao comando do submarino e afunda tal navio com êxito.
No dia da fuga o mar estava realmente bravo. Já era tarde da noite quando Conselho e Ned Land foram as escondidas pegar um dos botes presos ao Náutilo para a fuga. Professor Aronnax, que ainda estava em seu cômodo, correu para o bote. Antes de lançarem o bote ao mar eles ouviram homens gritando como se tivessem descoberto a fuga deles. O bote caiu ao mar, rodamoinhos puxavam o Náutilo para o fundo do oceano no meio daquela tempestade. Aronnax bateu a cabeça e perdeu os sentidos.
Não é possível dizer a conclusão da história, apenas que o capitão Aronnax e seus amigos conseguiram se salvar e foram parar na cabana de um pescador nas ilhas de Lofoden. Quanto ao capitão Nemo, ninguém nunca mais ouviu falar nele. O livro termina com a seguinte e bela frase:
“... Não vivi 10 meses aquela existência extranatural? Por isso a pergunta feita há seis mil anos pelo Eclesiastes:” Quem jamais pôde sondar as profundezas do abismo?” – dois homens entre todos os homens têm, agora, o direito de responder. O capitão Nemo e eu."
Referências:
VERNES, Jules. Vinte mil léguas submarinas. Editora Companhia das Letras, 2014.
Imagem Náutilo. Disponível em: <https://jotacortizo.wordpress.com/2015/02/05/julio-verne-e-o-nascimento-da-ficcao-cientifica/>
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