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Resenha: A Menina Que Roubava Livros

A história e a maneira como é narrada é, com certeza, inveja para muitos escritores, que já prezaram muito este livro. Sua narrativa é perfeita, um pouco confusa em algumas partes e requer um leitor atento e experiente, isso porque é contada por "uma amiga de muitas pessoas e inimiga "cruel" de todos" : A Morte. 

Um dos pontos interessantes é que a Morte, por uma forma de gentileza, não é expressa no livro como algo ruim e que devemos temer (leia o segundo trecho do livro que coloquei), mas sim uma exímia amiga, capaz de cuidar de cada pessoa e que sente muito ao tirar a alma de um ser inocente.

O livro conta a história de Liesel, uma garotinha que mal sabia ler e escrever e logo quando criança precisou se despedir de sua mãe de sangue, indo morar em outra casa com seu irmão. É então que no caminho para a casa dos novos pais, em um trem, ocorre o primeiro encontro da Morte com esta garotinha, que vê seu irmão cair morto, em uma cena escrita de forma magnifica e que já demonstra ao leitor como será o livro, que se passa em pleno período das Guerras.

Logo no enterro de seu irmão, Liesel começa sua brilhante carreira, roubando o Manual do Coveiro, que viu caído na neve. É uma pena esta garotinha não saber ler, mas logo chega à casa de seus novos pais, que moram - por uma esquisita questão - na Rua Himmel. Mas como uma família tão conturbada poderia morar em uma rua com o nome de Céu? Sim, isso era algo inexplicável até a chegada da adorável Liesel.

Entre confusões e desenrolares, você leitor começa a conhecer a jovem marrenta e forte que ama ler e tem como melhor amiga desconhecida a Morte. Com certeza irei indicar este livro para qualquer leitor. Já para aqueles que já o leram e já embarcaram nessa história vivida em uma Alemanha nazista, comandada por um Führer medonho, e vivenciaram cada linha da história de Liesel, uma menina que roubava livros, conversarei e discutirei sobre os melhores momentos.

Sem querer ser clichê, já sendo, preciso escrever o que já esta dito na contracapa do livro: "Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler."

Separei dois trechos para que sintam, como uma amostra, o gostinho da história:
Pág. 184
No subsolo, em Molching, na Alemanha, duas pessoas paradas conversam num porão. Parece o começo de uma piada:
- Um judeu e uma alemã estão parados num portão, certo?...
Mas aquilo não era piada. 
Pág. 221
Foi um ano para ficar na história, como 79 ou 1346, para citar apenas alguns. Esqueça a foice, diabos, eu precisava era de uma vassoura ou um rodo. E precisava de umas férias.
UMA VERDADEZINHA
Eu não carrego gadanha nem foice.
Só uso um manto preto com capuz quando faz frio.
E não tenho aquelas feições de caveira que vocês parecem gostar de me atribuir à distância.
Quer saber a minha verdadeira aparência?
Eu ajudo. Procure um espelho enquanto eu continuo.

Recomendo a leitura. E aguardo o seu comentário sobre a sua opinião caso já tenha lido.

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